11 de abr. de 2017

O golpe “Temerdoriano” ou o 18 Brumário brasileiro



Une courte Introduction
Este texto é uma farsa, no sentido marxista, pois retoma a análise de uma tragédia e só poderia fazê-la como farsa ou paródia. No primeiro parágrafo do 18 Brumário, Marx ressalta que Hegel menciona que os grandes fatos e personagens da história são encenados duas vezes. “Ele se esqueceu [retifica, Marx] de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa” (Marx, 2011, p.25). Herbert Marcuse, no Prólogo da mesma edição, acentua que “a farsa é mais terrível do que a tragédia à qual ela segue” (Marx, 2011, p.9). Este artigo é inspirado na leitura de O 18 Brumário de Luís Napoleão, de Marx. A proposta não é original, pois Bertrand Russel (Russel, apud FERRO[2], 1984), Eric Hobsbawm[3] (Hobsbawm, 1996, p. 72), Modesto Florenzano[4] e outros autores[5], já elaboraram comparações mais extensas sobre as revoluções francesa e a russa.  O mais bizarro é que o golpe parlamentar no Brasil foi coordenado por Temer, vice-presidente da República, cujo nome se assemelha ao da "Reação Termidoriana" - golpe organizado pela alta burguesia financeira. Essa coincidência acabou dando nome ao artigo.

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